quarta-feira, agosto 25

O amor e o prazer


O prazer esquenta
O amor acalenta
O prazer explode
O amor agüenta.

O prazer sabe avançar
O amor sabe esperar
O amor tem os pés no chão
O prazer “as” cabeças no ar.

O prazer esquece
O amor permanece
O prazer volta pra casa
O amor sempre amanhece.

O prazer duvida
O amor compreende
O prazer revida
O amor transcende.

O prazer apraz
O amor ama
Para o prazer tanto faz
Para o amor só a chama.

E eu vou...

3 comentários:

Cultura Subjetiva disse...

Vou comentar esse post com base em tudo que vivi e que sei até hoje. (mesmo sendo pouca coisa) A base do meu comentário são os seguintes versos:
''O amor tem os pés no chão''
''O prazer “as” cabeças no ar''
Para mim a expressão ''ter os pés no chão'' tem o mesmo significado que ''encarar a realidade'', enquanto que ''ter as cabeças no ar'' seria o mesmo que sonhar demais, ou ter ideias demais.
Trazendo para essa interpretação Amor é realista, Prazer é idealista. (no sentido de força existencial o amor é mais concreto que o prazer)

Entendi desse modo mesmo, entretanto não é o que vejo no mundo. Muitas pessoas não acreditam no amor, e elas não estão tão erradas, o amor é algo muito abstrato pode ser apenas uma criação da nossa mente. Agora pergunte para qualquer pessoa se ela já sentiu prazer, a resposta é bem previsivel. O prazer é algo que praticamente acompanha os sentidos em grandes ou pequenas doses. Quando a dose é muito pequena chamamos de dor. Sentir prazer ou dor é algo inevitavel e obrigatório para a vida sensivel, negar um dos dois é negar a própria existencia sensivel nesse mundo. O prazer é instantaneo vem no mesmo momento em que sentimos algo, é tão facil provar que ele existe quanto dizer que eu estou com ''os pés no chão nesse momento'' e isso o torna mais real que o amor.
Agora o amor, tantas definições todoas exageradas, tanto na grandeza como na simplicidade. É impossivel, segundo suas definições (todas as que conheci até hoje) percebe-lo através dos sentidos, não como é o prazer tão tocante e tão real. O amor tem cara de construção e não de coisa que vem ao natural, assim como uma idéia, uma idéia que foi construida ao longo de tantos anos, e quanto mais o tempo passa mais alta fica essa construção. Se decidirmos subir até o topo ''nossas cabeças tocarão as nuvens''.

Bárbara disse...

Adorei tanto!
Hoje estou particularmente sensível, então quando terminei de ler tive vontade de chorar.
Tuas palavras são tão bonitas!
Toca, sufoca, sorri.
Obrigada por ser assim.
Beijos!

Humberto Orcy da Silva disse...

Cara, muito legal isso.