segunda-feira, novembro 30

Constatação


Madonna e Jesus Luz

Madonna agora namora Jesus.
Ou seja, ela é nossa cunhada
Pois somos todos irmãos em Cristo.

quinta-feira, novembro 26

SINUCA


Azuis, verdes, vermelhas, amarelas
Todas se juntam à branca e a preta
Acomodam-se em um triangulo
no começo; após pelas tabelas.

Movem-se desconexas ou exatas
Pelo mundo de feltro verde
Ao serem conduzidas por mãos hábeis
Para aos poucos se recolherem em caçapas.

Em disputas acirradas
Entre álcool e bravatas
E mãos cobertas de giz.

Sucedem francos desafios
Entre contendores amigos
Nessa disputa sã e feliz.

terça-feira, novembro 24

Novamente o cara


Depois de ser chamado de “o cara” pelo presidente Obama, foi a vez de Kofi Annan se derramar em elogios ao presidente Lula.
Em um Jantar no RJ no Golden Room do Copacabana Palace ele falou sobre a forma acertada da política econômica, os esforços pela paz mundial e pela integração dos paises, e isso exatamente no mesmo momento em que a imprensa cerra fileira para bombardear o “filho do Brasil” por ter recebido Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã.

Megalo Espirito


Mesmo que eu utilize todas as palavras da maior biblioteca;
mesmo que eu macule o branco de todos os papéis;
mesmo que eu declame todas as odes e versos;
mesmo que eu soe todos os tons e acordes;
mesmo que eu letrerize todas as músicas;
mesmo que todo bloco tome forma ao toque de meu cinzel
e nenhuma tela permaneça virgem diante de meu pincel...
Mesmo que eu tudo faça,
tudo expresse,
tudo crie...
Não conterá um só vestígio do que envolve e revolve meu espírito.

sexta-feira, novembro 20

Pedido inusitado


Cincinato ainda bem jovem aprendeu o ofício de eletricista residencial com seu pai. Não acumulou o suficiente nestes vinte e cinco anos para poder dizer que tem uma vida tranqüila, mas também não se queixa, ainda mais que todo final de ano ele deixa de lado fios, tomadas e chaves testes para fazer o que mais gosta: ser Papai-Noel.
A primeira vez que ele pôs a fantasia vermelha, foi apenas para dar uma incrementada no orçamento para o final de ano, e decidiu encarar a empreitada após uma menina perguntar a mãe em uma fila de supermercado, se ele era o “bom velhinho”. Cincinato olhou para um espelho e viu que sua espessa barba e cabeleira branca lembravam Papai-Noel. Ele herdara do pai, além da profissão as precoces cãs.
A princípio era apenas mais um bico, mas com o tempo ele apaixonou-se pelo trabalho, não que desse muito dinheiro, mas era a satisfação que ele ganhava que valiam a pena. Cleide, sua ex-esposa não lhe deu um filho. Ser Papai-Noel era uma forma de suprir seu amor e carência pelo filho que não tinha. Ele sabia que não era a mesma coisa que ter um filho, leva-lo a pracinha ou ao estádio de futebol, mas se contentava com suas crianças. Sim! Ele considerava todas aquelas crianças suas, pelo menos enquanto estava com a fantasia vermelha.
À parte que Cincinato mais gostava era quando podia colocar uma criança sobre seus joelhos e ouvir as palavras amorosas que elas diziam em meio ao pedido de seus presentes, aquilo sim valia a pena em vez de ficar empoleirado em uma escada trocando fios queimados.
Deu onze da noite. Cincinato entrou no bar do Denis e sentou-se em sua mesa habitual. Denis ao vê-lo abriu uma cerveja e foi levar-lhe. Ele sabia que o “bom velhinho” – como ele costumava chamar o amigo – sempre passava ali para uma cerveja e um bom papo antes de voltar para casa.
_ Um presente bem gelado prô “bom velhinho”! – brincou o proprietário do bar.
O canto direto do lábio de Cincinato – que estava quase que completamente escondido pelo bigode branco – moveu-se como que querendo expressar um sorriso. Serviu-se de um longo gole e ficou ali quieto com o olhar perdido.
Denis continuou seu trabalho, mas não sem perceber que alguma coisa estava errado com seu amigo. Às vezes Cincinato não estava lá para muitas brincadeiras, mas em geral, quando chegava a época dele encarnar Papai-Noel ele ficava bastante alegre. Chamou a esposa que acabara de fritar uns pastéis para ela assumir seu lugar no balcão e foi ter com o amigo.
_ Posso sentar e tomar uma contigo? – Cincinato lançou-lhe um olhar triste e moveu os ombros em sinal de “tanto faz!”. Denis sentou e tomou também um longo gole.
_ O que foi meu amigo? O que está lhe incomodando para estar triste dessa maneira?
_ Ah Denis meu velho... Esse trabalho me deixa muito feliz, tu sabes bem isso!
_ Sim! Claro! É por isso...
_ Sabe cara, o que me deixa mais feliz nesse trabalho? É conversar com os “pimpolhos” e escutar os seus pedidos...
_ É sei...
_ Às vezes, é bem verdade, me parte o coração quando uma criança pede algo que percebo que seus pais não serão capazes de comprar para elas, porque quando elas pedem para o Papai-Noel elas realmente acreditam que eu sou o velhinho e, que eu irei na noite de natal em suas casas para deixar lá os seus presentes... – tomou mais um gole - Aí fico pensando, o que se passa na cabecinha delas, quando pedem um autorama e encontram embaixo do pinheirinho um carrinho de plástico bem vagabundo...
_ Que isso cara! Você não é o Papai-Noel! Isso é apenas um emprego!
_ Sei...
_ E todos os anos isso acontece e sempre irá acontecer, portanto tu não podes ficar assim homem...
_ Sabe o que é Denis... – tomou mais um gole para poder continuar - É que hoje uma menininha me pediu algo que me cortou o coração...
_ Que foi? Pediu um brinquedo muito caro?
Os olhos de Cincinato encheram-se de lágrimas que começaram a escorrer pelas bochechas e pela barba.
_ Não amigo! Ela pediu para eu falar para o pai dela, que ela deseja que ele pare de visitá-la em seu quarto à noite quando sua mãe sai para trabalhar.
Denis ficou acompanhando o amigo na cerveja e num choro mudo sem saber o que dizer.

terça-feira, novembro 17

SUSTO


Assustou-me o olhar que vi em teu rosto
Em tão pouco tempo tua alma já corrompida
Em meio a dúvidas e nítidos arrependimentos
Vi que lá atrás uma candura fora esquecida.

Espiei-te inteira pela fechadura da vida, e
Assustei-me por ver que estavas pequena
Assustou-me novamente, muito mais ainda
Ao perceber que o meu sentimento por ti,
era apenas o de pena

sexta-feira, novembro 13

Os erros dos outros


O casal aproveitou a noite quente de verão para tomar uma cervejinha. Foi um dia cheio para ambos, nada melhor que uma cadeira de barzinho na calçada. Resolveram que não iriam jantar em casa. Talvez uma pizza! Enquanto não decidiam o que iriam comer ficaram a falar de amenidades do dia-a-dia.
Carla percebeu que o marido não estava muito interessado no que ela falava. O olhar de Paulo estava preso em algo do outro lado da rua. A principio ela não desviou o olhar para ver o que estava chamando tanto a atenção dele. Ela lembrava de uma discussão feia em que eles entraram noite adentro por ela estar “policiando” para onde ele olhava. Ela não queria passar por aquilo de novo. O melhor era fazer de conta que não estava percebendo nada e continuar a contar seu relato, mesmo sabendo que ele nem estava ouvindo.
Depois de um tempo ela parou de falar e ficou com o olhar perdido no cardápio. Não estava lendo nada. Estava apenas tentando não olhar para o ponto que o marido estava olhando. Na certa não era nada demais, mas algo dizia ao seu instinto de fêmea que só podia ser para uma outra mulher que ele tanto olhava.
Passou-se quase um minuto e ele nem ao menos percebeu que ela estava quieta. Não se conteve. Virou-se bruscamente a procura da oponente. Seus olhos correram pelo outro lado da rua, entrou em carros que estavam estacionados e outros que passavam, procurou alguma janela aberta onde ela pudesse estar, e nada!
Tentou puxar assunto. Nada! Ele só dava respostas monossilábicas. Paulo continuava com o olhar preso em algo no outro lado da rua. O garçom veio até a mesa para anotar o pedido. A muito custo ela conseguiu fazer ele se concentrar no pedido.
Tão logo o garçom se retirou, o olhar de Paulo perdeu-se no outro lado da rua novamente. Carla não se conteve...
_ Pelo amor de Deus! Que raios tu tanto olhas para o outro lado da rua? – Paulo deu um pulo como se fosse arrancado de um pesadelo.
_ Quê? – procurou uma resposta – Nada! Não estou olhando nada!
_ Como assim nada? Desde que nós chegamos que tu não para de olhar prô outro lado da rua!
_ Só tava olhando aquele menino que esta pedindo esmola!
_ Ah sim! E o que este menino tem assim de tão excepcional para tu não tirar os olhos dele?
_ Nada! Estava apenas pensando nesses irresponsáveis...
_ Quem?
_ Os pais desses meninos e meninas que ficam por ai! Se esse governo tivesse um pouco de pulso tiravam eles das ruas e jogavam numa cadeia os pais deles e deixavam para morrer no fundo de uma cadeia.
_ Nossa! Não acha que esta exagerando não? São apenas meninos...
_ Sim! Hoje são apenas meninos! Mas logo estarão com uma arma na mão, se é que já não as tem. Olhe bem para a “carinha de santo” que esse moleque tem.
_ Tá Paulo... Fale baixo... está chamando a atenção de todo mundo...
_ Esse é o problema – olhou confiante e desafiador para as pessoas que estavam nas mesas próximas -, ninguém quer enfrentar a verdade, só querem ficar em suas casas lamentando em frente a tv...
_ Tá bom... ta bom...
_ Ta bom nada! Onde está os pais desse moleque? Garanto que está na outra esquina só esperando o guri levar uns trocados pra ele tomar uma cachaça ou fumar uma pedra...

_ Paulo, o menino está vindo para cá...
_ É bom! Quero perguntar para ele onde estão os vagabundos que o pariram...
_ Aí Paulo! Coisa mais grosseira – impacientava-se –, não vai ser rude com a criança... Ele deve ter no máximo uns dez ou dose anos!
_ Criança... criança... pois sim!
_ Oi tio! Tem um trocadinho? – pediu o menino assim que chegou próximo a mesa.
_ Tenho sim! – respondeu - . E seu pai teria também, se não gastasse tudo com drogas e trabalhasse como todo mundo.
_ Para Paulo... – falou de cabeça baixa, tentando não ser notada.
_ Não tenho pai não tio! – defendeu-se assustado o menino.
_ Ah tá! Veio ao mundo pela graça divina!
_ Sei não!
_ Aposto que teu pai tá na esquina te esperando pra pegar o dinheiro que os otários te dão.
O menino, sabendo que nada ganharia em ficar discutindo e já calejado em ser escorraçado, virou as costas e foi para a mesa mais próxima tentar a sorte.
_ Viu! São uns dissimulados...
_ Acho que tu ta exagerando Paulo...
_ É... Estou sim! Vocês têm peninha deles né?
Neste momento entra uma mulher vestida com roupas que não combinavam com os freqüentadores do bar, não que o bar fosse de muito luxo, mas suas roupas sim é que pareciam que vinham do lixo.
_ Filho, vamos embora – disse a mulher para o menino -. Já está ficando tarde, vamos perder o último ônibus. – e puxou o menino pelo braço.
Foi uma fração de segundos, mas o suficiente para Paulo reconhecer a mulher.
_ Vamos embora Carla! – disse Paulo levantando-se.
_ Como assim? E nossa pizza?
_ Vamos e pronto. Vou pedir para eles entregarem lá em casa!
_ Mas Paulo... – Era tarde, ele já havia levantado-se e dirigia-se ao caixa.
Carla confusa, procurou no fundo da bolsa por alguns trocados. Achou algumas moedas.
_ Ei menino! – chamou. A mãe ao ver Carla com umas moedas na palma da mão soltou o braço do filho. O menino correu ao encontro de Carla – ou das esmolas - e pegou as moedas que ela lhe ofertava.
_ Obrigado tia – respondeu vivamente o menino -. Deus proteja à senhora. Boa noite.
_ Boa noite! – o menino correu para o encontro de sua mãe para ir embora.
Paulo voltou e tomou Carla pela mão. Saíram. Entraram no carro sem falar nada.
Enquanto ele ligava o carro ainda pode ver pelo retrovisor, o menino indo embora de mãos dadas com a antiga doméstica de seu pai que ele havia engravidado e tentara sem sucesso convencer ela a fazer um aborto dez anos atrás.

quinta-feira, novembro 12

Literatura x Sub-Literatura


Escutei Charles Kipfer – escritor e professor que gosto muito – dizer na BandNews Fm que a sub-literatura não cria leitores.
Respeito o escritor e professor, mas discordo desta afirmação, até porque acho muito difícil classificar o que é sub-literatura.
Comecei lendo, como quase todos os garotos começam. Lia Tio patinhas, Pato Donald e principalmente Tarzan, Batman, Supermam e outros superherois enlatados, que não considero sub-literatura, mas sim uma mídia diferente, com proposta diferente para um público “alvo” diferente.
Só passei a ler livros “sem figurinhas”, quando entrei num universo – esse sim, considerado por quase todos como sub-literatura – que era a dos antigos pocket’s de faroeste e guerra. Isto mesmo, os livrinhos de Marcial Lafuente Stefania & cia.
Com o tempo, meus pais perceberam que eu gostava de ler e compravam para mim uma coleção maravilhosa – que era semanal - editada pela Abril -, chamada “Clássicos da Literatura Juvenil”. Ali pude ler “Odisséia”, “Robinson Crusoé” – aliás o primeiro que li da coleção, e li mais de quatro vezes, sabe-se lá quantas vezes -, “Moby Dick”, “20.000 léguas submarinas”, “Tom Saywer”, “Huckberry Finn”, “Viagem ao centro da terra”, “Bem-Hur”, “As viagens de Gulliver” e muitos outros, adaptados para o público adolescente, que só não tenho hoje porque dei a coleção de presente ao meu filho.
Dos adaptadores, só lembro de nome, o maravilhoso Monteiro Lobato e das ilustrações maravilhosas de Miécio Tatti.
Eram clássicos escritos de uma forma simples para a cabeça simples de um adolescente.
Destes, parti para alguns livros de Agatha Cristhie – influenciado pelos filmes –, até chegar no “Capitães da Areia” de Jorge Amado.
Foi paixão a primeira vista. Li “Cacau”, “Suor”, “Seara Vermelha” e alguns outros até delirar com os três livros de “Subterrâneos da Liberdade”. Aí – pela influencia destes - entrei para o mundo da política e para a inconstante busca da verdade nos livros. Se a encontrei não sei, mas pelo menos eles me ensinaram a pensar em vez de só repetir o que os outros falam.
A partir deste(s), tornei-me um leitor adulto, mas sem medo de vez em quando me aventurar pelos sonhos de Julio Verne, ou nas aventuras de Ken Follet e inclusive nos universos fantásticos que concebem roteiros e desenhos maravilhosos. Falo de Franck Miller, Bill Sienkiewicz, Moébios, Jodorowsky etc.. e também de brasileiros como Luiz Gê, Miguel – Mike – Deodato – Pai e filho – e Mozart Couto.
Não apresente Chopin e Beethoven a periferia que sem dúvida ela nunca gostará de Chopin e Bethoven.
Não apresente Arlindo Cruz e Carlos Cachaça ao asfalto que sem dúvida ele nunca gostará de Arlindo Cruz e Carlos Cachaça.

O “hábito da leitura” vêm, como a própria expressão diz: pela leitura.
Quem não lê, nunca gostará de ler.
Adoro o “O velo de Onagro”, “Trabalhadores do Mar” e o “Germinal”, mas se tivesse lido Henoré de Balzac, Victor Hugo e Emile Zola na época em que lia Bob Kane, Lee Falck, Jack Kirby ou Maurício de Souza, provavelmente hoje teria ojeriza aos livros.

quarta-feira, novembro 11

ESQUECIMENTO


Estava lendo sobre o último filme de Rodrigo Santoro – “I love you, Philip Morris” com Jim Carrey - e lembrei de comentários ditos por várias pessoas, inclusive por “formadores de opinião” que ridicularizavam Santoro por sua atuação em “As panteras”, pelo fato de seu personagem não ter um diálogo sequer.
Talvez agora, ao lado de um ator mundialmente famoso e principalmente sendo um ator norte-americano – ou americano, como costumamos dizer, como se não morássemos no continente americano – as pessoas comecem a sentir orgulho por terem um ator brasileiro atuando no mercado cinematográfico mais famoso do mundo.
Tá!... Mas onde entra o esquecimento nisso tudo?
É que parei para pensar: qual foi o último artista brasileiro que havia atuado no cinema norte-americano, e fui perceber que foi Carmem Miranda. E sem dúvida ela esta esquecida por uma grande maioria de brasileiros. Muitos nem sequer sabem quem foi, ou que apesar dela ser um orgulho nacional – para alguns - , na realidade – de nascimento - era portuguesa e não brasileira.
Aí acabei me envergonhando, pois só enquanto lamentava o esquecimento da Pequena Notável – como era chamada Carmem – é que fui lembrar de Sônia Braga, que exatamente quando estava “bombando” no Brasil, foi tentar uma carreira internacional nos Estados Unidos.
Lá, Sônia Braga fez muitas pontas em seriados de tv e no cinema. Fez também filmes em que não era coadjuvante e, é bem verdade que por aqui pouco ou quase nada se ficou sabendo. Eu por exemplo só vi um filme em que ela faz uma famosa ex-prostituta que havia tornado-se fazendeira e uma participação dela em um seriado de humor que não lembro o título.
Mas será que não esqueci de outros? Talvez haja outros que esqueci. Nós nos esquecemos facilmente de muitos e de muitas coisas, e isso é ruim.
Mas o que seria do homem se não tivesse o “dom” do esquecimento?
Às vezes, amigos ou familiares muito chegados tem de separarem-se. Nos primeiros dias a saudade é muito grande, mas com o tempo ela vai-se amainando até cair no quase ou total esquecimento.
O que seriam dos finais de relacionamentos amorosos se não tivéssemos como esquecer a pessoa (ex)amada? Viveríamos infelizes pelo resto da vida e não haveria a possibilidade de nos apaixonarmos por outras pessoas.
O que dizer da morte de pessoas queridas então? Como levaríamos nossas vidas se não esquecêssemos em nenhum momento a falta que nossas perdas nos fazem?
Claro que não esquecemos totalmente, mas podemos, digamos assim, abstrair destas lembranças para podermos continuar a levar nossas vidas.

terça-feira, novembro 10

UniTaliban


Sempre falo que não podemos julgar conceitos de sociedades distintas a nossa com nossos conceitos.
Assim como achamos errado o uso da burca, os povos que a utilizam devem achar errado mulheres nuas em revistas.
Mas depois do caso da Uniban, fiquei confuso.
Deve haver muitos Talibãns no ocidente...

DÚVIDAS


Era para ser eterno, mas agora preciso de um tempo!
Mas como assim? O que eu sentia não era verdade?
Fiz até mil planos. Era para toda a eternidade...
Será que o amor é algo que só vive de momentos?

Quando convidei-te para vir era para sempre!
Fiz do resto de minha vida, toda a minha vida
Tinha certeza. Era todo e pra sempre certeza!
Só não havia contado com as dores das feridas.

Agora quero um tempo!
Que tempo?
Por acaso tem poder a distância
De dar ao coração algum alento?

Agora quero um tempo!
Que tempo?
Será verdade que dando um tempo
Pode-se apagar todo um sentimento?

segunda-feira, novembro 9

Continho Miudinho 2

Ele disse para ela que precisava de um tempo!
Ela respondeu que quem dá tempo é meteorologista!
Eles, nunca mais se viram

quinta-feira, novembro 5

O mar tinha...


O mar tinha turbulências que agitavam suas ondas,
Queria eu transformar em campos de mansidão
o mesmo mar que tem belezas que sempre me seduzem
Que mesmo agitado, não transbordam meu coração.

O mar tinha um modo só seu de me fazer alegre
Que sendo belo e imenso ainda voltará a ter
E por ser único, imenso, amigo e poderoso
Sei que tornará a calmaria que sempre me deu prazer.

Com amor para a Toca

quarta-feira, novembro 4

Continho miudinho

Na vida ele sempre caminhou para frente.
Até que um dia deu de cara no muro.