
Estou no conforto de minha cama
Escuto sussurros ou grunhidos.
Às vezes parece até ser palavras
Conhecidas de meus ouvidos.
Abro a janela e vejo lá no lixo
Um animal procurando alimento
Em meio a todos os dejetos
E fico com meus olhos fixos.
Não é de medo, é de vergonha,
Ele come o que eu não quis comer
E sem parcimônia.
Penso nos animais protegidos
Por ONGS e por inúmeras leis
E me pergunto: quando chegará
Desse animal, afinal a sua vez?
O homem quer preservar o mundo
O macaco, a baleia e o tucano
Porque então quer preservar
Como quase bicho esse ser humano?
Se for humano, pensa! logo: entende
E então da escravidão se defende
_Portanto deixe-o só na rua
Que o sistema se perpetua.
Pelo menos este não terá a extinção
Pois enquanto houver o dinheiro,
A fome e o desespero, haverá
a perpetuação de toda a escravidão.
2 comentários:
E ele voltou e voltou com tudo!
Oh, coisa boa!
Que delícia ler palavras tão bem dispostas nessas linhas!
Amei.
Beijo.
perfeito Pentz.
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