terça-feira, junho 30

O Leitor


Tirando um filme aqui e outro ali na tv, eu estava totalmente afastado não só do cinema, mas do vídeo também. Mas isso até que tem um lado bom. Quando se assiste a tudo, se assiste a muita porcaria! Agora eu entro numa locadora e quase tudo é lançamento para mim.
Não gosto daqueles filmes que tem o cara “fortão” que bate em todos, ganha todas as mulheres, não erra um só tiro e faz os maiores milagres sobre rodas.
Também não sou daquela opinião que o cinema bom, é apenas aquele que faz as pessoas pensarem e crescerem com ele. Cinema também é, e sempre foi entretenimento!
Neste final de semana vi, e achei muito bom o filme “O leitor”( The Reader ) de Stephen Daldry – que dirigiu “As horas”, em que três mulheres, têm suas vidas influenciadas pela obra de Virginia Woolf. -.
Tirando os batidos clichês de todos os filmes que abordam, seja lá de que forma a questão do anti-semitismo, o filme além de ser muito bem dirigido e ter interpretações impecáveis, faz a pessoa que prestar um pouco de atenção, perceber que - não que tenhamos de nos entregar totalmente ao hedonismo - devemos sim, aproveitar aqueles momentos maravilhosos que se apresentam em nossas vidas sem se preocupar sempre com o amanhã.
O amanhã é incerto! Mas o que sentimos no presente é seguramente o que há de mais tátil e real.
Além disso, o filme mostra também – mesmo que de uma forma muito velada -, que não podemos julgar os outros apenas com nossas concepções. Devemos primeiro, tentar entender os motivos ou faltas de motivos que fazem as pessoas a agir como agiram. Isso sem falar quando julgamos outras culturas, totalmente diferentes da nossa ou então julgamos atos do passado, quando nem ao menos sabíamos como era viver em tal época.
Há pecados no passado, que transformam-se em atos éticos com o passar dos anos...e vice-versa.
Recomendo para quem gosta de um bom filme
Bem lembrado Kika...beijo

segunda-feira, junho 29

ESSA NÃO TOCA NO RÁDIO

CLASSE MÉDIA (MAX GONZAGA E BANDA MARGINAL)


http://www.maxgonzaga.com.br

TECHNICOLOR


A minha voz ecoou
Mesmo ela não tendo muito brilho
E nem muito dom.
No meio do salão
De silêncios
Que criei para ti.

Só para poder registrar
Em películas technicolor
E depois exibir para todos
Na grande tela branca da inveja
Como é grande o meu amor.

sexta-feira, junho 26


Não!... O mundo não é legal!
Com um monte de gente feia e bandida para morrer, foi morrer logo um "anjo de Charlie".
Farrah-Fawcett - que um dia foi Majors, esposa do meu amigo Lee - foi juntar-se a outras grandes estrelas lá no céu.
Mas porque ela? Logo ela que fez a conta de luz de meu pai aumentar de forma estratrosférica?
Acho que antes dela o único banho tão demorado que tomei foi na época de Bárbara Eden - a "Genie é um gênio" -, que como o próprio nome já diz: é um paraiso.


quinta-feira, junho 25

Ainda te espero!


Ainda te espero sentado no mesmo banco
Na cabeça um vazio, um branco
Ainda te espero no mesmo banco plantado
Cansado, mas ainda espero.

Ainda tenho entre minhas mãos
O mesmo ramalhete de flores
Murchos de tanto esperar.
Talvez um dia você apareça
Conforme combinou.

Talvez você um dia passe e veja
Um velhinho sentado no banco
E você lembre que marcou comigo
Um domingo, mas não apareceu.

Eu sei que não devo
Aceitar os convites que você faz
Em meus sonhos
Enquanto sozinho eu durmo...
Mas ainda te espero!

quarta-feira, junho 24


SIMPATIA PARA ARRUMAR MARIDO:
Coloque Santo Antônio de cabeça para baixo num copo d’água;
O desgraçado morre afogado e não te coloca em fria.

terça-feira, junho 23

AUTO-BIOGRAFIA


O sol com sua imponência começa a se esconder. A lua, essa virgem e meretriz começa a aparecer. Meus olhos, pobres e pequenos começam a ficar sonolentos.
Uma cochilada talvez resolva o problema. Mas o corpo sabe que isso será a afirmação de mais uma noite sem sono! Abro mão do cochilo para tentar garantir uma noite dormindo.
Água fria. Fico acordado e desperto por um bom tempo. Logo as pálpebras pesam. Uma caminhada ajuda. Logo estou desperto.
Fico pela rua a conversar com amigos novos e principalmente com antigos. Tomo cervejas e sofro com comentários pouco interessantes e sem sentidos. Os bares ficam aos poucos desertos e volto para casa com uma reserva etílica.
Salta a tampa da primeira. Tento – e às vezes consigo – escrever algo que valha a pena. Seco a primeira e abro a segunda. Mais um vinil brinca de carrossel liberando antigas canções. Quem sabe um cigarro não ajude a encontrar o sono que está escondido em algum escaninho da noite?
Como a diáfana fumaça do cigarro, a esperança de sono vai-se junto pela janela ao encontro das estrelas. Com os cotovelos fincados no frio do peitoril, acompanho cães e pessoas que varejam na lixeira lá embaixo.
Olhar para o display do celular e ver a hora, nem pensar! Para que torturar com espera quem não sabe a hora da chegada? Mais uma fica seca. Voa mais uma tampa que caí escandalosa no inox da pia.
Finalmente um bocejo. Mas não é ainda!
O último gole e a desconfortável cadeira me convencem a ir para a cama. Ligo a tv e escolho o programa menos imbecil que a programação imbecil oferece ao público imbecil que assiste tv há essa hora. Coloco no sleep quinze minutos e fico de olhos fechados, tentando fechar também os ouvidos. Faço isso mais três ou quatro vezes.
A pressão ofensiva na bexiga me coloca de pé novamente. Lembro de escovar os dentes e fico mais desperto. Novamente mais quinze minutos no sleep. Percebo que o programa menos imbecil terminou dando lugar a outro.
Finalmente, mas sem perceber, o sono vence a nova rodada de quinze minutos. Deve ser cinco ou seis horas. Por sorte, ficarei dormindo até a campainha do celular – que aposentou o relógio – me chamar para mais um dia cheio de bocejos e cabeçadas de sono que, terminarão somente quando a insônia voltar no final do dia.

segunda-feira, junho 22

Se soubesse tudo o que desconfio
Desconfiaria de tudo que sei,
Pois nada é mais mentiroso
Do que aquilo que é determinado.

sábado, junho 20

BEIJO


Quis dar beijos quentes
Em minha rainha soberana
Mas tremi de frio
Ao tocar teu rosto de porcelana.

Quis dar beijos limpos
Em minha vadia putana
Mas fiquei todo sujo
Ao tocar teu rosto de lama.

Quis dar beijos de alegria
Em minha séria dama
Mas sofri de medo
Ao tocar teu rosto de drama.

Finalmente apenas quis beijar
Quem eu julgavas uma louca
E beijei com vontade
E isso: não é coisa pouca.

sexta-feira, junho 19

DEPOIS


Depois que eu for, quero voltar e ver
Que até o novo ficou velho para mim
Ver o que perdi por ter pressa de cedo nascer
E quantas pessoas puderam realmente me esquecer.

Quero crer naquilo que não cria
Depois de não ser mais quem sou
E entender a todas as pessoas; e ver
Quem realmente nessa vida me amou.

Talvez seja legal atravessar paredes
Flutuar como quem dorme em uma rede,
Mas não quero assombrar nenhuma vida.

Terei a tez de minha avó quando usava talco
Conversarei com pessoas que foram esquecidas,
Mas sem dúvida ainda vou querer rever você:
Minha querida

quarta-feira, junho 17

Só tú Brutus??


Em meio a crise no Senado Federal, surge a todo momento políticos bem conhecidos e jornalistas mais ainda, querendo fazer crer que José Sarney é apenas um personagem burlesco e sem importância na política brasileira.
Da mesma forma, querem colocar todos os pecados do Senado nas costas de Sarney.
É verdade, que o senador está uma vida inteira na política – e por isso mesmo, não pode ser considerado sem importância na política brasileira –, e creio, que a mais de três décadas no senado. Todos sabemos que o Senador não é flor que se cheire, mas a culpa é de toda a casa. Todos os Senadores são culpados. Uns por patrocinarem as falcatruas, outros por se beneficiarem delas, outros por omissão e talvez alguns até por incompetência. Mas a culpa é de todos os Senadores.
E fazer pouco caso de Sarney é burrice. Ele e sua família comandam a política em pelo menos dois estados brasileiros (Maranhão e Amapá), é Presidente do Senado, é um líder importante do maior partido do país, além de ter sido o primeiro Presidente do Brasil após a redemocratização.
Não foi eleito pelo voto direto. Mas foi eleito sim, pelos políticos que receberam voto popular para defender os interesses dos brasileiros e, não podemos esquecer que, com exceção do PT – não que isso exima os Senadores petistas de suas responsabilidades -, todos os partidos que existiam a época apoiaram o Colégio Eleitoral que elegeu Sarney.
Mas parece que ninguém sabia das coisas que aconteciam e acontecem no Senado. Parece que a culpa é só do cara aquele que tinha uma legião de fiscais...lembram?
Até o chutador-mor de cachorro morto, Senador Pedro Simom, faz de conta que não sabia nada, se fazendo de neófito na política brasileira.
Aliás! Poderíamos aproveitar esse gancho e finalmente adotarmos o unicameralismo

terça-feira, junho 16

Meteoros caem



Meteoros caem sobre o telhado
Meus olhos seguem tuas pegadas
Apagadas
Divagando pelo céu
Eu fiquei a te procurar
Só, sempre só...
Mas muito ligado a você!

Estrelas cadentes cruzam
O céu a te procurar
Em que canto deste quarto
Irei te encontrar?

Meteoros caem sobre o telhado
Meus olhos seguem tuas pegadas
Como posso estar sozinho
Estando no meio da multidão?

Só sei que quando olho no espelho
Vejo-te no fim do corredor
Dor...
É só ilusão!

sexta-feira, junho 12

Malas prontas


Não há motivo para despedidas

Muito menos para arrependimentos

Não há lugar para lágrimas ou desculpas

Muito menos demonstrações de sentimentos.


Vou levar apenas aquilo mais íntimo

As incertezas, as culpas e os riscos

Junto vai alguns objetos: meus livros

Retratos, roupas, memórias e discos.


Não vou despedir-me de ninguém

Não direi nada mau de ti para os meus

Mas pode dizer o que quiser aos teus parentes.


Vou levar tudo aquilo que não lhe serve

Só não vou levar as suas mentiras:

Pois estas de direito lhe pertences.

segunda-feira, junho 8

Preenchendo-me


Hoje acordei com muita saudade de mim
E resolvi que devia trazer-me de volta
A minha falta estava me deixando ruim
E fui logo bater em minha porta.

Agora sou meu companheiro, eu moro comigo
E faço todos os desejos de minha companhia
Acabou o vazio, o medo, a incerteza e a tristeza
Preencho-me de coragem e de certeza da alegria.

sexta-feira, junho 5

Braseiro





Num disco de Nelson ouvi “Maria Luiza”
E ela voltou como um raio pra mim
Não voltou de verdade, não em corpo!
Mas numa forma boa, em forma de saudade.

Por onde andaria hoje a minha Luiza
Aquela que me fez muito, muito feliz
Que a muito não a vejo, mas ainda desejo,
E que ainda sinto o gosto de seu louco beijo.

Essas paixões que queimam feito fogo
Que duram só o tempo da palha seca
Deveriam queimar totalmente de verdade
Para não voltarem num braseiro de saudades.

quarta-feira, junho 3

transições


O nosso amor mudou
E você nem notou
Veja meu bem:
Nem em fotografias
A gente fica juntos...
Bem!

Eu bem que lhe avisei
Mas você: Nem aí!
Mas todo amor
Assim como vem
Tem a hora de partir.

Não vá querer
Tentar entender
As transições do amor

Ele sempre foi assim
E assim sempre há de ser
Mesmo sendo almas gêmeas
Sempre tem o coração
Para mudar...
De amor!