segunda-feira, setembro 14

Não se fala mais nisso

Sei que devo ter dito, pelo menos umas duas vezes: Você nunca encontrará um amor igual ao meu!
Não sei se falei isso com convicção ou se falei apenas porque achei que era uma boa frase de efeito para aquele momento, ou até quem sabe - mesmo achando que não era verdade – disse porque achava que poderia demover a pessoa que me escutava.
Apenas sei que quando falei que amava, amava de verdade! Pois não sou capaz de dizer que amo se não amo realmente de verdade. Aliás, amar só pode ser de verdade senão não pode ser chamado de amor.
Mas quando falei, mesmo não sabendo se tinha a certeza da afirmação da frase, estava falando a verdade, pois amor é impar. Não existe amor igual!
Meus amores não podem ser igualados ao de um Lancelot, um Gilliat, um Romeu, um Bentinho ou ao de um João, Pedro, José ou quem quer que seja.
Amor não se compara e nem se mensura.
Nem mesmo o amor, incondicional e eterno pela pessoa que mais amo, no caso o amor por minha Elena, não a com “H” como a de Tróia, mas com “E” como é minha mãe, pode ser comparado com o amor que senti pela mãe de meu filho ou pelo amor as namoradas que tive. Nem meus amores platônicos podem ser comparados com os amores rápidos de poucas horas em uma noite de fim de semana.
Sim! É possível amar em um único final de semana por poucas horas, em uma única noite. Já fiz isso! Quem não fez?
Amor não se mede por tempo ou intensidade. Às vezes amamos mais alguém em uma única noite que outras pessoas por muitos meses ou anos.
Amor não tem regras. Ama-se e isso é amor.
Não confundir amor com sexo. Podemos fazer sexo da forma mais maravilhosa do mundo sem amar e, amar sem nunca fazermos sexo. A diferença é que o sexo a gente pode acabar esquecendo ou lembrando lá uma vez que outra, mas o amor não. O amor à gente nunca esquece.
Pode-se até deixar de amar uma pessoa, mas, esquecer que amou, isso não!
Podemos até não perdoar a pessoa que um dia nos amou, mas nunca vamos pensar em perdoar o amor, porque o amor não tem culpa e, sem culpa não existe a necessidade do perdão.
Amor é entrega. Amar é dar aquilo que de melhor nós temos para a pessoa amada.
Podemos até dar o amor para a pessoa errada, mas o amor nunca é errado. Podemos nos enganar, mas o amor nunca se engana. O amor é maior que o amante. Por isso o amante não controla o amor. É sempre o contrário.
A razão até pode impedir uma união ou uma volta, mas a razão não apaga o amor. Como diz o poeta Abel Silva: “Se o pensamento foge dela, o coração a busca aflito”.
Amor se dá e amor se recebe, mas, não dá para dizer qual é o maior amor, se aquele ofertado ou o recebido. Amor é amor e não se fala mais nisso.

2 comentários:

Bárbara disse...

Nossa Lalau! Como eu já te disse milhões de vezes: Tu é genial quando fala de amor! Coisa mais linda do mundo, meu amigo! Saudades imensa!
beijoca!

Humberto Orcy da Silva disse...

To contigo Pentz, concordo plenamente. Abraços.